A afirmação de que Jesus também é Deus nos dá a maior esperança possível. Isso significa que nosso mundo não é tudo que existe, que há vida e amor após a morte e que o mal e o sofrimento um dia acabarão. E quer dizer não só esperança para o mundo, apesar de todos os seus problemas intermináveis, mas esperança para você e eu, apesar de todos os nossos fracassos intermináveis. Um Deus que fosse apenas santo não desceria até nós em Jesus Cristo. Exigiria apenas que nos controlássemos, que fôssemos moralmente corretos e santos o suficiente para merecer um relacionamento com ele. A divindade que fosse um “Deus de amor que aceita tudo” tampouco necessitaria vir à terra. Esse Deus da imaginação
moderna não só ignoraria o pecado e o mal como nos receberia. Nem o Deus do
moralismo nem o Deus do relativismo teriam se dado ao trabalho do Natal.
O Deus bíblico, contudo, é infinito em santidade. Por isso nosso pecado não
podia ser descartado como algo sem importância. Era necessário tratar o
problema. Ele também é infinitamente amoroso. Sabe que jamais
conseguiríamos subir até ele, por isso desceu até nós. Deus tinha de vir ele
mesmo e fazer o que nós não podíamos. Ele não envia ninguém; não manda o
relatório de uma comissão ou de um pregador para lhe dizer como se salvar. Ele vem pessoalmente nos buscar.
Natal, portanto, significa que para você e para mim há toda a esperança do mundo.
Tim Keller (O natal escondido)